sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A Incompreensível Incógnita

      Naquele lugar, acreditava-se que existia algo que fluía pela natureza, algo que podia sentir a energia dos seres a sua volta, algo que estava constituído em tudo e que era capaz de influir no espaço, tempo e eventos, mesmo que fosse invisível, intocável, imaterial, incompreensível. Em outros lugares chamavam esse algo de Deus, outros de Allah, outros de Guaraci... todos tinham um nome para tentar individualizar esse algo, que era difícil de definir ao certo se possuía alguma individualidade ou se era tudo e todos, ou simplesmente era nada. 
      Naquele lugar, ninguém louvava essa existência, ninguém rezava e pedia coisas, ninguém pagava promessas, ninguém precisava fazer alguma coisa para acreditar. Apenas acreditavam.
      Eram as árvores, eram os rios, eram as nuvens, eram os animais, eram as pessoas, eram as construções... tudo. Além do que era material, esse algo estava presente nas 'almas', nos pensamentos, na existência do que não existia, nos eventos e também no tempo. Algo muito além da capacidade de compreensão de um humano, ou talvez algo tão simples, que humanos, com sua complexidade, não fossem capazes de entender. Esse algo era simplesmente uma incógnita.
      Os eventos estavam interligados, delimitados pelo espaço e tempo, seus componentes agiam de forma em que, no final, houvesse uma razão ou um resultado que tudo fizesse sentido para aquele determinado evento. O algo estava onipresente, a 'incógnita', na visão daqueles que não podiam compreender, seguia o fluxo, ou melhor, guiava o fluxo das coisas.
      Todos daquele lugar apenas viviam suas vidas, interagindo com a natureza em volta, com os outros seres presentes, com o espaço e tempo. E a 'incógnita' apenas continuava a fluir.
      

Clique:


1 comentários:

Anônimo disse...

AMO SEUS TEXTOS *-*~...sou seu fã Tiiih xD :3!!!Ass: DIH.