sábado, 2 de julho de 2011

Meu brinquedo favorito

Qual seu brinquedo favorito?
      Tudo começou quando eu tinha 6 anos, que foi quando começou a distribuição dos bichinhos da coleção da Parmalat. O primeiro que ganhei, foi um rinoceronte, junto com minha irmã, que havia pegado uma vaquinha. Dei o nome de Reno Renociro para o rinoceronte. Minha irmã havia nomeado a vaquinha de Mimosa. Estávamos muito felizes em ter ganhado aqueles bichinhos, e passávamos horas e horas todos os dias brincando com eles.
      Eram muitos bichinhos. E queríamos todos, claro. Na segunda vez, escolhi um porquinho cor de rosa. Haviam vários porquinhos cor de rosa para escolher, porém escolhi justo 'aquele'. Ele tinha a cabeça mais triangular do que do resto dos porquinhos, seus olhos pareciam menores do que dos outros, sua pelugem não era brilhante como a dos outros, ele era um pouco desbotado também. Por alguma razão escolhi o não perfeito. Minha irmã havia escolhido um carneirinho, que não me recordo o nome, mas ela havia decidido que seria uma carneirinha. Demorei dois dias para escolher um nome para o porquinho cor de rosa. Minha inspiração foi o seriado 'Família Dinossauro', na qual me lembrei que o Baby era cor de rosa, quase do mesmo tom do meu porquinho, já que era meio desbotado... então o nomeei de Baby. Porém, como o Reno tinha um sobrenome, achei que o Baby também merecia ter. Então levei mais um dia para nomear meu porquinho. Sabe aquela música da Eliana, "Pop Pop"? Então... depois de muito pensar, e inspirada nessa música, havia chegado a uma conclusão. Baby Popinho. Ridículo. Mas naquela época, achei a ideia maravilhosa.
      Comecei a deixar mais de lado o Reno, e passei a dar mais atenção ao Baby. Eu me sentia culpada, pois eu achava que deveria gostar mais do Reno, já que ele fora o primeiro que eu havia ganhado. Com o tempo, mais bichinhos da coleção ganhávamos, mas eu sempre preferia o Baby. Até que percebi, que Baby Popinho, era meu brinquedo favorito.
      Todos os bichinhos da coleção seguravam uma caixinha de leite... só que eu e minha irmã simplesmente tiramos as caixinhas, e ficamos apenas com os bichinhos.
      Me lembro de alguns 'amiguinhos' do Baby. Além do Reno, que era um grande amigo do Baby, da Mimosa, que era a que ajudava todos, e da carneirinha, que era a que gostava do Baby, me lembro que tínhamos o gatinho branco, que eu e minha irmã nomeamos de Mimi, que era a metidinha da turma; tínhamos o urso polar que se chamava Roger Computer e era mulherengo; tínhamos o leão marinho que se chamava Leôncio, que era preguiçoso; também tínhamos um outro porquinho cor de rosa, que era da minha irmã, que não me recordo do nome, mas era a irmã mais nova do Baby, que era a bravinha da turma; e tínhamos um cachorro de pelúcia marrom que não era da coleção, que se chamava Toby, mas fazia parte da turma. Não posso esquecer do Paninho Verninho, que era de uma grande amiga de infância e melhor amigo do Baby. Ele não era da coleção dos bichinhos da Parmalat e muito menos era um bichinho de pelúcia. Era uma toalhinha pequena de rosto, aveludada, de um vermelho forte, que era enrolada até que ficasse como um tubo, e então era amarrada com um laço um pouco acima do meio, para que fosse a divisão da cabeça com o corpo, e tinha até cabelinho, já que nas extremidades da toalha tinha o acabamento desfiado do pano. Baby e Paninho sempre se metiam em grandes aventuras pelo mundo, junto com sua turma.
      Aos 12 anos, tive que abandonar todos eles. O primeiro ataque de asma havia acontecido, e o médico havia dito para retirar toda fonte de poeira, ácaros e etc, tudo o que poderia causar uma alergia. Eu ainda brincava sim com brinquedos e pelúcias aos 12 anos. E tirar a minha brincadeira favorita, foi triste. Fizemos uma limpeza geral nessa época, e com isso alguns membros da turminha do Baby, foram doados. Só não deixei levar o Baby.
      Ficaram um bom tempo guardados na gaveta debaixo da minha cama. Acho que só aos 16 anos, que foi quando os ataques estavam mais controlados e quando havíamos nos mudado, que pude tirar todos da gaveta. No momento em que vi o Baby novamente, o abracei. Não por muito tempo, afinal ele estava cheirando a mofo... mas o lavei bem e logo voltou ao normal.
      Eu já não brincava mais com ele, mas o que importa é que ele estava de volta.

      Hoje, depois de 14 anos desde que o conheci, ele fica na minha estante, junto com seus novos amigos sapos de pelúcia e com o antigo amigo Toby. Aquele porquinho de pelúcia desbotado, com cabeça triangular, de olhos pequenos... tão especial para mim. Olho para ele e lembro dos bons momentos, do quanto ele fez parte da minha vida, do quanto ele me ajudou a criar um mundo lindamente imaginário, apesar de ser apenas um brinquedo de criança. Todos os dias posso vê-lo ali... e sorrir.



Recordar da boa época, da boa e inocente época em que a humanidade ainda poderia ser salva pela criatividade de uma criança.


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1 comentários:

Diogo disse...

"Recordar da boa época, da boa e inocente época em que a humanidade ainda poderia ser salva pela criatividade de uma criança." Realmente ADOREI essa frase o.o e concordo completamente u_u!!Ahhh sou seu fã xD u.u, adoro seus posts e seus desenhos *-*v, realmente quanto mais te conheço mais gosto de tih*:B* ahsuheuasuhe *-*v!PARABÉNS pelo blog <3 :3!!